Pesquisa traça perfil da juventude rural e aponta estratégias para o cooperativismo solidário
18 de junho de 2020

Organizada em 12 e com representação em 16 das 20 Unicafes Estaduais estabelecidas no Brasil, a juventude rural vem ganhando espaço e é uma das prioridades para o desenvolvimento do cooperativismo solidário no Sistema Unicafes. Desde 2014, a organização desenvolve, com o apoio do TRIAS, ações voltadas para o fortalecimento de jovens que vivem no campo e se dedicam à agricultura familiar.

Foi para organizar e construir um plano estratégico de trabalho a partir de demandas e anseios da própria juventude que, neste ano, a Secretaria Nacional de Juventude da Unicafes, desenvolveu uma pesquisa que traçou o perfil da juventude rural, bem como apontou as principais estratégias para o melhor desenvolvimento do cooperativismo solidário com ênfase nos e nas jovens do campo.

“A Unicafes ainda não possui diretrizes claras para o trabalho com os jovens, então, esse momento de escuta por meio da pesquisa foi um primeiro movimento para a organização da nossa estratégia”, destacou Romulo Dantas, Secretário Nacional de Juventude da Unicafes.

A pesquisa mostrou que a média de idade dos e das jovens é de 24 anos e que a maioria deles e delas estão no ramo da produção (75%). A geração de renda, inclusão produtiva e a sucessão rural apareceram como temas prioritários na pauta da juventude. “Percebemos que nossos jovens buscam, principalmente, a inclusão socioprodutiva nas cooperativas locais. Apresentar alternativas e soluções nessas frentes mencionadas é fundamental para que os e as jovens se sintam parte desse processo”, observou.

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os trabalhos estão sendo desenvolvidos de forma remota. Para fomentar o debate que envolve temas da juventude rural e o cooperativismo solidário, todas as sextas-feiras, a Secretaria coordena um bate-papo ao vivo através do perfil do Instagram (@juventudeunicafesbrr). Temas como oportunidades de trabalho, protagonismo feminino e a importância de processos de formação e capacitação para jovens foram alguns dos temas abordados durante as lives.

“Com a pandemia, nós tivemos de nos afastar fisicamente, mas continuamos nossos processos de escuta e construção de forma virtual, seja pela lives, chamadas de vídeo ou pelos nossos grupos de bate-papo. Nosso principal objetivo é ter projetos pilotos com a juventude rural em todas as regiões do Brasil.  Projetos que promovam a inclusão da juventude em sintonia com a realidade local”, ressaltou Romulo.

Projetos que estão sendo construídos em parceria com o TRIAS, uma ONG Belga que trabalha com uma rede mundial de parceiros para o desenvolvimento de pequenos agricultores e agricultoras distribuídos em 14 países da África, América Latina e Ásia Leste.

De acordo com Lucas Fernandes, assessor de Desenvolvimento Organizacional do TRIAS, a ONG acredita que a sustentabilidade de cooperativas da agricultura familiar e economia solidária se dá por meio da inclusão de mulheres e jovens nos processos gerenciais, decisórios e produtivos. “O tema é relevante para a redução das desigualdades sociais e sucessão no meio rural. Com essa iniciativa, gostaríamos que os assuntos relacionados as juventudes ocupem o centro da agenda pautada pelo cooperativismo solidário e de seus dirigentes”, salientou.

Fonte: Ascom Unicafes Nacional
 
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