Mulheres do cooperativismo e da economia solidária relatam experiências e desafios durante pandemia
11 de junho de 2020

Com o tema ‘Mulheres na resistência construindo a economia solidária’, bate-papo virtual reuniu mulheres do campo e da cidade de todas as centrais afiliadas à Unicopas. Fátima Torres, presidenta da Unicafes do Rio Grande do Norte, falou sobre experiências no estado

Cuidado. Trabalho. Resistência. Solidariedade. Cinco mulheres com diferentes histórias, de várias regiões do Brasil, mas com um único objetivo: construir e fortalecer o cooperativismo e a economia solidária no país. Reunidas em um bate-papo virtual na tarde desta terça-feira, 9 de junho, lideranças das quatro centrais afiliadas à Unicopas relataram experiências e falaram sobre os principais desafios enfrentados durante a pandemia causada pela Covid-19 (novo coronavírus).

Com o tema ‘Mulheres na resistência construindo a economia solidária’, a live foi conduzida por Claudete Costa, presidenta da Unicatadores, e contou com a participação de Fátima Torres, presidenta da Unicafes do Rio Grande do Norte, Anne Sena, presidenta da Unisol Bahia, Atiliana Vicente Brunetto, representante da Concrab e Aline Sousa da Silva, representante do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e secretária-geral da Unicopas. Este foi o primeiro bate-papo de uma série de lives promovidas todas as terças-feiras pelo movimento de catadores e catadoras para estimular o debate em torno da economia solidária.

“É na troca de experiências e na união de forças que nós vamos conseguir superar essa crise. Quem está no campo, cuida do alimento. Quem está na cidade, cuida do meio ambiente, da saúde humana. Foi uma troca muito forte”, ressaltou Claudete Costa.

Presente em todas as falas, o cuidado consigo e com o próximo foi um dos destaques. Para Atiliana Brunetto, “o cuidado com o nosso povo, levando a bandeira da solidariedade também é ser resistência durante a pandemia. É preciso continuarmos nesse processo de solidariedade entre nós, mulheres e entre os povos para que sigamos na construção da nossa unidade”.

O fortalecimento do cooperativismo e da economia solidária enquanto estratégias de superação das crises social, econômica e ambiental geradas pela pandemia foi um dos caminhos apontados por Anne Sena. “Não era necessário a gente ter de passar por um momento como esse para reafirmar aquilo que o movimento da economia solidária vem dizendo há tempos: que é possível sim termos um desenvolvimento com sustentabilidade”.

A união de forças de diferentes setores que encontram no cooperativismo e na economia solidária a unicidade foi um dos pontos destacados por Fátima Torres. Para ela, a articulação realizada pela Unicopas é uma maneira de fomentar e fortalecer a resistência de trabalhadores e trabalhadoras em todo o país. “Estamos em diferentes lugares, mas estamos falando a mesma língua. A gente precisa se fortalecer e agradecer toda essa rede de solidariedade que está em torno do movimento do cooperativismo e da economia solidária”, observou.

Fortalecimento também destacado por Aline Sousa, que, em uma única frase, resumiu o sentimento demonstrado durante todo o bate-papo desta terça-feira entre as mulheres da rede Unicopas: “eu nunca me senti tão perto”.

Clique aqui para assistir o bate-papo Mulheres na resistência construindo a economia solidária

Fonte: Unicopas
 
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