Cooperativismo é instrumento que oportuniza igualdade e justiça na agricultura familiar e economia solidária
04 de maio de 2021

O cooperativismo é uma alternativa de trabalho e renda, é instrumento de igualdade e justiça, e uma das premissas da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) é articular cada vez mais alternativas para fomentá-lo.

 

Existem três tipos de Sociedades Cooperativas, denominadas de 1º, 2º e 3º Grau e atuam em defesa dos interesses econômicos e sociais de uma grande parcela da sociedade. Saiba quais são:

 

1º Grau – Singular

Cooperativa formada pelo seu quadro social, que tem por objetivo constituir uma pessoa jurídica com valores e princípios que garantam a autonomia e liberdade de participação do seu quadro social. Tem o objetivo de prestar serviços diretos aos associados. É formada por, no mínimo, 20 cooperados, na regra geral, sendo permitida, eventualmente, a admissão de pessoa jurídicas, desde que não operem no mesmo campo econômico da cooperativa.

 

2º Grau - Central ou Federação

Uma cooperativa para cooperativas. Seu objetivo é organizar em maior escala os serviços das filiadas, que poderão ser cooperativas, e com isso, oportunizar maior ganho de escala dos seus negócios.

 

3º Grau - Confederação

Uma cooperativa para federações. Assim como as cooperativas de 2º grau, tem o objetivo de organizar em comum e em maior escala os serviços das filiadas. A diferença é que as confederações são formadas por, no mínimo, três cooperativas centrais ou federações.

 

Princípios do cooperativismo

Para que as cooperativas exerçam com mais assertividade seu trabalho e disseminem seus valores de democracia, liberdade, equidade, solidariedade e justiça social, foi criado em 1995, pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), os sete princípios do cooperativismo. Conheça-os:

 

1º: Adesão voluntária e livre - Um modelo para todos.

2º: Gestão democrática - Todos têm os mesmos poderes.

3º:  Participação econômica dos membros - Todos são donos.

4º: Autonomia e independência - Todos têm autonomia de decisão.

5º: Educação, formação e informação - Todos ensinam e aprendem.

6º: Intercooperação - Todos se ajudam.

7º: Interesse pela comunidade -  Todos saem ganhando.

 

Desenvolvimento local

O cooperativismo favorece a inclusão sócio-produtiva no espaço onde está instalado, além de manter a autonomia e a participação que são princípios básicos, e também desenvolve um equilíbrio econômico e faz com que o mercado local reconheça a importância das cooperativas.

 

Para Maria José Alves, presidente da Unicafes Alagoas, o cooperativismo é um mecanismo decisivo em prol do desenvolvimento e fortalecimento da agricultura familiar e economia solidária. “É através dessa troca de experiências entre as cooperativas que nos organizamos, aprendemos e crescemos. A força da cooperação é um agregador de valor e faz a diferença nessa caminhada”, enfatiza.

 

Raimundo Nonato Barbosa do Nascimento, presidente da Unicafes Ceará, também salienta a importância do cooperativismo. Segundo ele, com o olhar dos agentes das mais diversas cooperativas dos estados brasileiros, consegue-se realizar uma significativa troca de conhecimentos, que enriquece o setor.

 

Texto: Daiane Benso/Ascom Unicafes Nacional
Foto: Divulgação

 
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