Depois de dedicar o ano de 2014 para a agricultura familiar, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) anunciou que 2015 será o Ano Internacional dos Solos (AIS 2015). A iniciativa pretende colocar em evidência o recurso natural não renovável e atentar a população para a necessidade de maior preservação do solo.
“O assunto é solo, justamente por ser um recurso natural, que é a base produtiva para a produção de alimentos saudáveis e de qualidade. Estamos perdendo os solos e precisamos colocar mais atenção na preservação dessa base produtiva. A ideia é que os produtores tomem consciência do que está ocorrendo com os solos e como podemos ter boas práticas de preservação”, afirma o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.
Segundo Bojanic, a FAO pretende usar o ano para melhorar a relação dos produtores com os solos, fazendo com que os agricultores produzam mais, preservando o recurso natural. “No ano da Agricultura Familiar demos maior importância para a dimensão social, agora estamos dando enfoque na dimensão ambiental, do recurso e da relação entre meios de produção e pessoas. Estamos pensando na necessidade de produzir alimentos para o futuro conservando os solos”, diz.
Para o coordenador da Assessoria Internacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Caio França, a agricultura familiar é protagonista na preservação e recuperação do solo, mesmo com áreas de até quatro módulos fiscais. “Necessariamente, os produtores não podem deixar o solo se degradar. Há uma preocupação fundamental de todos os envolvidos na agricultura familiar em preservar esse recurso natural. O AIS 2015 vai orientar tanto os agricultores como os órgãos de governo na preservação do solo”, salienta o coordenador.
No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é o órgão responsável por difundir o AIS 2015. A pasta criou um comitê, unindo Governo Federal e sociedade civil para promoverem o assunto. Uma série de eventos está sendo planejada para o decorrer do ano, como ocorreu com a agricultura familiar no ano passado.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário