Presente na mesa de praticamente todas as famílias, o café é muito mais do que uma bebida. De valor histórico e cultural, contribui com a saúde e possui relevância econômica e social. E nesta quarta-feira, 14 de abril, quando se comemora o Dia Mundial do Café, a União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) conta um pouco dessa história e apresenta o trabalho de agricultores familiares e cooperativas que vivem do cultivo desse produto, que independente de que como é preparado ou servido, é intrínseco a todos os paladares.
Historicamente conhecido no Brasil como “Ouro Verde”, o café é considerado uma paixão nacional, já que é consumido por nove entre dez pessoas com mais de 15 anos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Com taxa de aceitação nos lares de 97%, se tornou a bebida mais ingerida no mundo, ficando atrás apenas da água.
Economicamente, o café também possui um papel expressivo. O Brasil é considerado, há 100 anos, o maior exportador e produtor no mundo, chegando a representar um terço da produção mundial. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), até agosto de 2020 o país exportou mais de 26 milhões de sacas, totalizando uma receita de pouco mais de três bilhões de dólares.
Além disso, o café é fundamental para manter a saúde e o bem-estar das pessoas. As propriedades contidas no grão são excelentes para propiciar um estilo de vida mais saudável, já que a cafeína ajuda no estímulo da atividade mental, melhora a concentração, aumenta a velocidade das associações de ideias, diminui a sensação de fadiga e é rica em energia, o que potencializa o desempenho em atividades físicas.
Agora, confira o que o café representa para as cooperativas de cinco estados brasileiros!
Bahia
O café é muito mais do que um modo produtivo para os associados da Cooperativa Mista dos Pequenos Cafeicultores de Barra do Choça e Região (Cooperbac), da Bahia, é a sua vida. Atualmente, conta com os processos de Torrefação, Moagem, Empacotamento, Beneficiamento e Classificação de Café, sendo que em 2011 registrou a primeira marca do produto: Café Cooperbac. O próximo objetivo é produzir Café Gourmet e em Cápsulas, para alavancar ainda mais essa cadeia produtiva.
Goiás
Em meio a cachoeiras e uma natureza exuberante, desfrutar de um café produzido organicamente é uma das experiências que se pode ter no Santuário Volta da Serra, localizada em Alto Paraíso de Goiás, em Goiás. A Reserva tem como gestor Lauro Jurgeaitis, e está em processo para adquirir a certificação orgânica participativa. O espaço valoriza uma cadeia mais natural, com menos produtos industrializados e disponibiliza uma experiência degustativa singular.
Minas Gerais
A união dos mais de 120 associados da Cooperativa da Agricultura Familiar Solidária de Espera Feliz (Coofeliz), de Minas Gerais, é responsável pela produção dos mais saborosos cafés do estado. Cultivado agroecologicamente, é o principal produto de comercialização da cooperativa e tem contribuído com o desenvolvimento social, econômico e ambiental da cadeia produtiva.
Paraná
Cultivar café com qualidade e sustentabilidade é tradição na família de Jonas Aparecido da Silva e Rafaela Mazzottini Silva, cafeicultores de Pinhalão, no Paraná, que detém o Café Ouro do Norte, considerados os melhores grãos da América do Sul. São produzidos atualmente o Café Tradicional (Premium), Especial (colhidos um a um) e o Café Especial Branca Flor, cultivados por mulheres cafeicultoras e filiadas à Associação das Mulheres do Café do Norte Pioneiro do Paraná (Amucafe) e ao Instituto Paranaense de Assistência e Extensão Rural (Emater) com “Laudo de Certificação Especial”.
Rondônia
Os cafés da Cooperativa dos Agricultores Familiares da Amazônia (Lacoop), de Rolim de Moura, Rondônia, possuem certificação “Fairtrade do Brasil” e atualmente são vendidos para oito países. Atualmente, são 35 cooperados associados e são produzidas 15 mil sacas de café por ano. O Fairtrade (comércio justo e solidário) é uma alternativa ao comércio convencional. Baseada na parceria entre produtores e consumidores, visa melhorar as vidas e reduzir a pobreza por meio de práticas comerciais éticas, e assegurar aos consumidores que os produtos adquiridos respeitem normas sociais, econômicas e ambientais especiais.
Texto: Daiane Benso/Ascom Unicafes Nacional - Com informações da Abic
Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação