“Vozes Locais para a COP30” destaca protagonismo de comunidades na agenda climática
30 de setembro de 2025

Reunidos em um ambiente de diálogo e convergência, o evento “Vozes Locais para a COP30” marcou não apenas o encerramento de uma jornada de aprendizado, mas também o início de um novo ciclo de articulações rumo à Conferência do Clima, que acontecerá em 2025, em Belém (PA).

 

O encontro conectou quatro marcos históricos: os 20 anos da Unicafes Brasil (União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), o legado de fortalecimento das organizações de base por meio do programa SEPOP II, a celebração do Ano Internacional do Cooperativismo em 2025 e, por fim, a expectativa para a COP30, que trará os olhares do mundo para a Amazônia.

 

Com o objetivo de colocar no centro do debate as vozes que muitas vezes ficam à margem dos grandes fóruns, mas que são fundamentais para a construção de economias resilientes, o evento destacou o papel de jovens, mulheres, agricultores familiares e povos e comunidades tradicionais. Para os organizadores, esses atores são os verdadeiros guardiões dos biomas e já praticam, no dia a dia, a justiça climática discutida em escala global.

 

Participações internacionais e nacionais
O painel contou com importantes convidados, que compartilharam suas experiências e percepções sobre os desafios e oportunidades do contexto latino-americano. Destacam-se, além dos citados abaixo, a Trias Brasil e a Embaixada da Bélgica:

 

Alejandro Barreneche, diretor sênior de investimentos da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com formação em finanças e relações internacionais e mestrado em gestão financeira internacional.

 

Ellen Acioli, especialista setorial Amazônia no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), bióloga formada na Amazônia, com mestrado em Zoologia e ampla experiência em projetos de mudanças climáticas e conservação.

 

Jane Lino, diretora adjunta da Coalisão Brasil e Proforest, ecóloga e mestre em ciência do solo, com 15 anos de experiência em cadeias agrícolas sustentáveis.

 

Giordano Automare, gerente executivo de sustentabilidade da Suzano, responsável pela gestão de programas e projetos socioambientais da companhia.

 

A AFD, parceira da Rede Internacional Agricord e do Trias, apresentou a experiência do projeto SEPOP II, realizado no Equador, Peru e Brasil, com foco na inclusão de agricultores e agricultoras familiares nas cadeias produtivas do cacau e do café.

 

Um olhar para os guardiões da sociobiodiversidade
Outro ponto central do encontro foi o debate sobre os caminhos para enfrentar as mudanças climáticas a partir do protagonismo das organizações de base apoiadas pelo Trias na América Latina. O fortalecimento da agricultura familiar e das cooperativas foi defendido como estratégia para promover justiça climática, inclusão social e sustentabilidade econômica.

 

Experiência sensorial
Encerrando o evento, os participantes foram convidados a uma jornada pelos sabores da sociobiodiversidade latino-americana. A degustação de três produtos – provenientes de diferentes países – apresentou histórias inspiradoras de resiliência climática, cultura local e desenvolvimento sustentável. A condução foi realizada pelo diretor regional Hector Ballesteros, que destacou, ao lado da equipe organizadora, a importância de valorizar os saberes e práticas que emergem dos territórios.

 
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