No olhar e no sorriso, a expressão de quem sabe o que quer e está descobrindo o seu espaço no cooperativismo solidário. É com essa certeza que a Secretaria de Mulheres da Unicafes Nacional encerra, em agosto, o primeiro curso de 2022 do Programa de Formação do Cooperativismo Solidário (Pecsol Mulher), intitulado “Se é cooperativismo, é solidário. Se é solidário há participação das mulheres”.
O curso iniciou em março com atividades no ambiente virtual de aprendizagem (Moodle Unicafes), encontros quinzenais dos grupos de estudos regionais, através da plataforma Meet e também com dinâmicas organizadas pelas alunas nas turmas regionais.
Desenvolvido pela Unicafes Nacional, por meio da Secretaria de Mulheres e Secretaria de Formação, em parceria com UNB/Cegafi e Trias Brasil, o Pecsol Mulher: “Construindo conhecimento, tecendo relações” é uma estratégia de ação e trabalho do cooperativismo solidário, q eu busca com a formação continuada incluir e qualificar as mulheres para sua inclusão nos sistemas cooperativista da Unicafes.
O Pecsol Mulher trabalha com uma trilha de aprendizagem composta por quatro cursos, sendo que na sequência serão compartilhados os seguintes temas: 02- Gênero e relação de cooperação e Intercooperação nos espaços cooperativos (governança); 03- Participação econômica e os processos produtivos e 04 – O Cooperativismo popular e de economia solidária como ferramenta para um novo modelo de produção e inclusão social. Vale ressaltar que os mesmos contribuem com Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), essenciais no debate do cooperativismo.
A secretária de Mulheres da Unicafes Nacional, Sandra Nespolo Bergamin, ressalta que o programa traz à tona reflexões acerca da participação das mulheres nas cooperativas, oportunizando espaços de formação para o empoderamento das suas ações, bem como, qualificando o diálogo e construindo propostas para a sustentabilidade do sistema, a inclusão e a equidade de gênero.
Empoderamento e garantia de direitos
Centenas de mulheres das Unicafes Estaduais participam do Pecsol Mulher, como é o caso de Clemência Maria de Jesus Brabo, de Mirante da Serra, em Rondônia. Para ela, a formação permite aprender com as experiências de outras pessoas e conhecer novas. “O que mais chamou a atenção é saber como foi e é grande nossa luta para garantir nossos direitos. Porém, o mais triste é que mesmo com leis criadas a nosso favor, muitas não são cumpridas e respeitadas. Precisamos fazer valer nossos direitos”, diz.
Adriane Teresinha Piran Cerioli, de Barão de Cotegipe, no Rio Grande do Sul, avalia que o Pecsol Mulher permitiu conhecer mais sobre o cooperativismo, já que não sabia que a rede tem uma força enorme. “Quero continuar estudando e desejo que mais mulheres tenham essa oportunidade de se aperfeiçoar”, salienta.
Respeito às questões de gênero, raça e etnia
O presidente da Unicafes Nacional, Vanderley Ziger, ressalta que na conjuntura institucional do país e em relação às questões de gênero, raça e etnia, a Unicafes prioriza a agenda de formação geracional e de gênero. “O Pecsol Mulher está contribuindo para que os espaços do cooperativismo sejam ocupados por homens e mulheres, tornando-o mais justo, fraterno e equitativo. A Secretaria de Mulheres vem consolidando um processo permanente de capacitação, promovendo este reconhecimento para as mulheres”, frisa.
Texto: Daiane Benso/Ascom Unicafes Nacional
Fotos: Arquivo pessoal