“Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”. Esse foi o tema da 7ª Marcha das Margaridas, que aconteceu nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília (DF) e, reuniu cerca de 100 mil mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades. E mais uma vez as mulheres da Unicafes estiveram juntas, lutando pelos seus direitos e valorização do espaço feminino.
A luta pela democracia participativa e soberania popular, bem como pela autonomia econômica, foram alguns dos objetivos pelos quais as mulheres se deslocaram do Parque da Cidade em direção ao Congresso Nacional.
No final da marcha, no ato de encerramento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o Programa de Quintais Produtivos para Mulheres Rurais, além de garantir a retomada do Programa Nacional de Reforma Agrária, um decreto que institui o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, o Bolsa Verde e ampliação da participação social para trabalhadores rurais. O encontro também contou com oficinas temáticas, rodas de conversa, espaços culturais, entre outras atividades.
A Marcha
Considerada a maior ação política de mulheres da América Latina, a Marcha acontece a cada quatro anos desde 2000, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. É uma manifestação de mulheres trabalhadoras rurais de todo o Brasil, em prol de direitos sociais e contra a violência contra as mulheres do campo e da floresta.
A ação é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e acontece sempre em agosto, em memória da trabalhadora rural e líder sindical Margarida Maria Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983 por defender os direitos de trabalhadores rurais da Paraíba.
Eixos políticos pelos quais as Margaridas marcharam
- Democracia participativa e soberania popular
- Poder e participação política das mulheres
- Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética
- Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios
- Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional
- Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns e proteção da natureza com justiça ambiental e climática
- Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda
- Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo
- Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária
- Universalização do acesso à internet e inclusão digital
- Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo
- Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade
Texto: Daiane Benso/Ascom Unicafes Nacional – Com informações da Marcha das Margaridas
Fotos: Metrópoles/Divulgação - Arquivo pessoal
