Divulgação: Correios

Para enfatizar a importância do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou na última terça (dia 3) um selo comemorativo que está em circulação desde então, sendo comercializado no valor de R$ 1,50 cada parte.

O selo é composto por duas partes que juntas formam o cotidiano dos mais de quatro milhões de produtores em todo o País. É a primeira vez que a ECT lança um selo específico sobre a Agricultura Familiar, fruto da iniciativa do Comitê Brasileiro do AIAF e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Serão comercializados 900 mil selos.

Para Caio França, coordenador da Assessoria Internacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o selo "vai contribuir para ampliar a visibilidade da agricultura familiar. Vinculado a outras iniciativas de comunicação, vai tornar mais conhecida a contribuição da Agricultura Familiar para o crescimento econômico, o combate à pobreza e a garantia da segurança alimentar e nutricional”.

SESSÃO SOLENE

O Senado Federal e a Câmara dos Deputados realizaram, no mesmo dia (3), uma Sessão Solene para alinhamento de uma agenda internacional de debates em torno da produção de alimentos. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, louvou a iniciativa do Congresso que, segundo ele, coloca no centro das discussões o trabalho de 3 bilhões de homens e mulheres que convivem com o meio rural em todo o mundo.

No Brasil, de acordo com a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, 84% dos estabelecimentos produtivos são da agricultura familiar, os quais respondem por mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário. "Nosso objetivo é que a sociedade, ao ver o alimento na mesa, pare e reflita sobre quem o produz", ressaltou.

Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil, participou da Sessão Solene e mencionou as mais de 500 milhões de pessoas envolvidas, em todo o mundo e no Brasil, com a Agricultura Familiar. "É fundamental vê-la não só como uma atividade produtiva, mas, também, em todos os seus aspectos culturais de reprodução de uma forma de vida, de uma visão de mundo”, defendeu.